Mal chegou 2018 e ele já é o bam bam bam da bolsa de valores! Mas isso tem fundamento?
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É fato, primos: 2017 mudou o paradigma de muitas coisas que vimos no mercado em 2016.
A taxa Selic caiu, continuou caindo, e caiu mais ainda, e isso fez com que muitas coisas surgissem como grandes opções.
A renda fixa, apesar de manter a rentabilidade real em um patamar aceitável, começou a perder a sua atratividade, e investimentos com taxas pré-fixadas deram sua vez.
Mas, como a taxa continuou caindo, o mercado começou a prever essas taxas, e os pré-fixados, de pouco em pouco, foram dando lugar a outros investimentos com um pouco mais de risco, como as debêntures, as ações, e, o mais falado da vez, os FUNDOS IMOBILIÁRIOS (fiis).
No Primo Rico, eu já falei para vocês tanto de ações quanto de debêntures, mas faltou, justamente, o de fundos imobiliários. O que eu irei matar hoje, hehe.
E como eu disse, a primeira parte desse vídeo tem um tema específico: te explicar, em detalhes, o que é exatamente um fundo imobiliário. Então, vamos lá
O que é um fundo imobiliário?
Primos, pensem assim:
Você quer muito investir em um imóvel. Não para morar, mas para colocar em aluguel e ganhar uma graninha por cima.
Só que, poxa, você não tem 500 mil, ou 1 milhão de reais pra poder adquirir um imóvel assim e colocar em aluguel. O que tu faz? Pega um financiamento e paga metade do valor real do imóvel em juros? Não é, realmente, uma opção tão boa…
Por isso mesmo surge a grande alternativa: os fundos imobiliários.
Em si, ao investir em um fundo imobiliário você, ao invés de estar comprando um imóvel sozinho, na realidade está se juntando com vários outros investidores, que também tem interesse de entrar no mercado imobiliário, para comprar um prédio inteiro, como um hotel, um shopping, etc.
Então, aqui, fundo imobiliário já nos dá 2 vantagens:
A primeira é que, pelo fato de estarmos nos juntando com outros investidores, não precisamos mais de um valor alto como investimento. Conseguimos, por exemplo, adquirir uma cota de um fundo imobiliário por 100 reais. Ganhamos acessibilidade aqui.
Ah, aqui vale lembrar que, ao comprarmos um fundo imobiliário, estamos adquirindo COTAS dele, então, nós viramos cotistas do fundo.
E bom, a segunda vantagem é que, como estamos adquirindo no fundo imobiliário um imóvel que, muitas vezes terá, por exemplo, 100 inquilinos, nós conseguimos diminuir a nossa exposição ao risco aqui, e acabamos em uma posição mais confortável do que ficaríamos se tivéssemos que administrar um imóvel sozinho.
Só que as vantagens não param por aqui. Ao investir num fundo imobiliário, você também terá a vantagem de receber, mês a mês, um valor mensal como rendimento direto na sua conta da corretora, como se fosse um dividendo de uma ação. E com uma grande vantagem em relação aos outros investimentos que dão dividendos: esses dividendos, no caso dos fundos imobiliários, são isentos de imposto de renda para a pessoa física.
Então, você pode conseguir um valor muito bacana de dividendos aqui, e utilizar até mesmo para comprar mais cotas de fundos imobiliários, melhorando cada vez mais a sua renda tirada do investimento e, ao mesmo tempo, aumentando sua exposição neles. Bacana, não é?
Mas calma lá, que entender isso não é o bastante.
Porque temos 2 “coisas” que fazem com que o investimento em fundo imobiliário não seja tão simples assim.
A primeira é a taxa de juros. O fundo imobiliário é um tipo de investimento que tem uma tendência muito boa a valorizar com a queda da taxa de juros, porque como os alugueis, em sua maioria, acabam não mudando, ele acaba se valorizando com essa queda. E realmente, o momento que passamos de quedas da taxa de juros aqui deixaram os fundos imobiliários em uma situação relevante.
O problema é que, nesse momento, temos um outro grande problema: a perspectiva para a taxa de juros em 2018.
Porque, ok, a taxa de juros já caiu bastante esse ano, mas nós não veremos mais uma queda de em 7% como vimos esse ano. Se ela cair mais, vai cair em um patamar menor, em um patamar que o mercado já está esperando, então você não verá um reflexo tão grande em valorização de preço nos fundos
E pior ainda: em 2018, nada diz que a taxa de juros permanecerá baixa. A reforma da previdência não tá com muita cara de que vai passar, os juros nos EUA estão aumentando, já temos déficit nas contas públicas confirmado para o ano que vem… Enfim, veja, o cenário não é nada favorável para o Brasil conseguir manter uma taxa de juros baixa por muito tempo.
E se a taxa de juros aumentar, isso pode se tornar um problema para esses investimentos. Você pode acabar comprando hoje, e ele ter uma desvalorização no preço já ano que vem.