Presidente da PETROBRÁS pediu DEMISSÃO! | E agora? O que isso vai mudar? (c/ números)

Gabrielli assumiu a presidência da Petrobrás em 22 de julho de 2005, ainda no governo Lula, e ficou por 7 anos, tendo sua saída em 13 de fevereiro de 2012.

Do período do Gabrielli, temos duas coisas a considerar: foi o grande período de descoberta do pré-sal no Brasil, e, por isso, também foi um período de muito otimismo com a Petrobrás, com anúncios de investimentos bilionários.

Foi na gestão da Graça, que começou em 13 de fevereiro de 2012, que o Petrolão veio a tona. Com isso, soubemos que houveram irregularidades na compra da refinaria de Pasadena em 2006, soubemos também que R$42 bilhões dos R$59 bilhões de reais que as empreiteiras investigadas na Lava Jato ganharam nesse período foram feitos tudo na gestão do Gabrielli, e também uma série de outros problemas que caíram tudo nas mãos da Graça Foster.

Logicamente a pressão para ela renunciar passou a ser alta e, em 4 de fevereiro de 2015, ela renunciou ao cargo, dando lugar ao Aldemir Bendine, que assumiu com a grande missão de tirar a Petrobrás da lama que ela estava se encontrando no momento.

Inclusive, muito importante dizer que 1 ano depois Bendine foi preso em uma operação da Lava Jato. Que coisa, né?

Assim chegamos ao Pedro Parente, que assumiu a presidência da Petrobrás em 30 de maio de 2016 na gestão do michel temer com a mesma missão de Bendine: tirar a Petrobrás da lama. Como já era conhecido por ser um grande gestor de crises, a notícia de que ele seria o novo presidente da Petrobrás foi bem recebida pelo mercado e pela bolsa de valores (foi um momento pra investir)

E como já sabemos, o marco da gestão do Parente foi o controle de gastos e, com a greve dos caminhoneiros, a nova política de preços da empresa que seguia o mercado internacional teve destaque.

As gestões da Petrobrás em números

Agora vamos começar a parte legal, primos. Vamos falar de números.

Então, vamos começar com o valor de mercado:

Valor de mercado Petrobras:
Começo da gestão Gabrielli: 128 bilhões de reais em valor de mercado.
Fim da gestão Gabrielli: 330 bilhões de reais em valor de mercado. (aumento de aproximadamente – já que o número foi arredondado – de 157,81%)

Começo da gestão Graça Foster: 330 bilhões de reais em valor de mercado.
Fim da gestão Graça Foster: 118 bilhões de reais em valor de mercado. (uma redução de aproximadamente – já que o número foi arredondado – de 61,21%, para um nível menor do que estava em 2005)

Começo da gestão Bendine: 118 bilhões de reais em valor de mercado.
Fim da gestão Bendine: 125 bilhões de reais em valor de mercado. (aumento de aproximadamente 6%).

Começo da gestão Parente: 125 bilhões de reais em valor de mercado
Fim da gestão Parente: 271 bilhões de reais em valor de mercado.

Dívida Total Liquida
Começo da gestão Gabrielli: 20 bilhões de reais.
Fim da gestão Gabrielli: 103 bilhões de reais. (aumento de aproximadamente – já que o número foi arredondado – de 415%)

Começo da gestão Graça Foster: 103 bilhões de reais.
Fim da gestão Graça Foster: 282 bilhões de reais. (um aumento de aproximadamente de 173,79%)

Começo da gestão Bendine: 282 bilhões de reais.
Fim da gestão Bendine: 392 bilhões de reais. (aumento de aproximadamente 39%).

Começo da gestão Parente: 392 bilhões de reais.
Fim da gestão Parente: 281 bilhões de reais. (redução de aproximadamente 28%)

Retorno das ações (contando com dividendos)
Durante a gestão Gabrielli (22/jul/2005 até 13/fev/12):
ON: 107,98%
PN: 130,17%

Durante a gestão Graça Foster (13/fev/12 até 04/fev/2015):
ON: -59,39%
PN: -53,81%

Durante a gestão Bendine (06/fev/2015 até 30/mai/2016):
ON: 17,17%
PN: -8,11%

Começo da gestão Parente (30/mai/2016 até 31/mai/2018):
ON: 110,10%
PN: 126,94%

Ou seja: os dados indicam que a gestão do Parente estava sendo benéfica tanto para o investidor, quanto também para os próprios números da Petrobrás. A dívida caiu na gestão dele, o que não ocorreu em nenhuma das outras gestões mencionadas, as ações da petro renderam bem para os acionistas, que sangraram bastante no período da gestão da Graça Foster, e o valor de mercado da Petrobrás voltou a crescer após todo o período de 2011 até 2016. Se tirarmos a greve dos caminhoneiros no meio, chegou a ter um valor nominal maior do que o valor de 2005!

Agora… o que podemos tirar de conclusão disso tudo?

E agora? O que vai acontecer?

Pois bem. Creio que tenha ficado nítido: a gestão do Pedro Parente, até o momento da greve dos caminhoneiros, estava sendo uma gestão benéfica para a Petrobrás. Os números da empresa estavam de fato melhorando.

Já foi confirmado que o próximo presidente da Petrobrás será Ivan Monteiro, um cara que também é conhecido pelo mercado por ser um cara mais técnico, e não um indicado político.

Redes Sociais:
BLOG – http://oprimorico.com.br
YOUTUBE (inscrever-se) – http://bit.ly/1S6WMoM
FACEBOOK (curtir página) – https://www.facebook.com/oprimorico
TWITTER: https://twitter.com/thiagonigro
INSTAGRAM: https://www.instagram.com/thiago.nigro/
PODCAST: https://soundcloud.com/thiagonigro

Como a GREVE DOS CAMINHONEIROS afeta o NOSSO BOLSO? (E o que fazer com o nosso dinheiro)

A greve dos caminheiros 2018 está complicada. Mas existem coisas que podemos analisar!

Pois bem, primos. Podemos dizer que a greve teve o seu início no dia 18 de maio, numa sexta-feira, quando houve um ultimato por parte da Associação Brasileira dos Caminhoneiros para que, caso não houvesse uma redução da carga tributária em cima o Diesel para 0, iria haver greve.

Como já no dia seguinte a esse ultimato houve um aumento de 0,8% no preço do diesel, a semana seguinte trouxe, na segunda-feira dia 21, a greve dos caminhoneiros. E como nós vemos, ela continua até hoje.

Então, o que é importante entender de toda essa paralização dos caminhoneiros é que ela é uma greve contra o aumento do preço dos combustíveis, mas com foco total no preço do diesel. O governo até tentou algumas mudanças em relação aos preços do diesel:

No dia 23 foi anunciado uma redução de 10% no preço do diesel, e no dia 24 foi anunciado também que o governo havia chegado a um acordo com os caminhoneiros.

2) Os problemas econômicos envolvidos e os pontos bons e ruins dessa greve (até para investir)

Apesar da greve estar acontecendo agora, o problema econômico por trás de tudo isso já vem um pouquinho lá de trás, quando a Petrobrás anunciou, em 2016, uma nova política de preços para os combustíveis.

Mas, para que fique claro, com “problema” não quero dizer que isso foi bom ou ruim, ok?

Por exemplo, na época do anúncio, foi também anunciado que havia uma necessidade em reduzir tanto o preço do diesel quanto o preço da gasolina e isso efetivamente ocorreu na época. Inclusive, ao deixar os preços dos combustíveis seguirem de acordo com a realidade do mercado internacional, a nova política de preços trouxe credibilidade à gestão da Petrobrás e trouxe um ânimo pro mercado com a empresa.

Para você ter uma ideia, as ações dela na bolsa, a partir desse período, chegaram a valorizar em até 400%. Então essa medida, no final das contas, era uma medida muito boa na visão do mercado.

Agora… quais são os pontos bons e ruins dessa greve?

Um dos pontos ruins que eu vejo é que essa greve é exclusivamente feita em protesto ao preço do diesel. Considerando que, por exemplo, carro a passeio é proibido por lei de usar diesel, temos que, caso haja alguma melhora no preço, ela não irá impactar DIRETAMENTE o cidadão comum.

Agora, um outro ponto bom que podemos contrapor é que essa greve, por mais que seja para falar do diesel, ela é a favor de uma redução de impostos. A própria reivindicação principal dos caminhoneiros era sobre uma redução de tributos em cima do diesel, e não que o preço em si devia abaixar.

Eu particularmente acho que redução de impostos é algo super válido. Na gasolina, por exemplo, os tributos chegam a representar 45% do preço final da gasolina, e esse valor, apesar de não ser lá tão diferente do patricado em outros países, ainda assim é um valor muito significativo. Eu mesmo acredito que deveria ter uma redução desses tributos.

Porém, aqui temos outro ponto ruim: considerando a REALIDADE, é difícil pensar que um governo que já tem déficit fiscal anunciado até 2019 consiga, efetivamente, reduzir os tributos assim. Querendo ou não, os impostos representam uma boa porcentagem da arrecadação do governo, e eu não vejo uma forma de reduzir os impostos sem tirar de nenhuma outra ponta.

Isso é tão verdade que o governo, ao anunciar que ia atender as demandas dos caminhoneiros, já disse também que terá que custear isso tudo.

O ponto bom é que, com essa greve e com a forma que o país parou, nós vemos o quanto o nosso país depende, de fato, dos caminhoneiros, que até então eram quase como uma força de trabalho meio “esquecida” do Brasil.

Agora que entendemos um pouco sobre os pontos bons e ruins, chegou a hora de falar de investimentos!
3) Como agir como investidor

E bom, temos 2 pontos de atenção aqui:

O primeiro é que em momentos de pânico no mercado, como o que vimos acontecer agora com a ação da Petrobrás caindo até mais de 19%, são excelentes momentos de compra.

São nesses movimentos do mercado que, muitas vezes, uma ação pode ficar mais barata do que o seu preço justo e fazer surgir ótimas oportunidades de compra. Esse pode ser o caso da Petrobrás agora.

De toda forma, o segundo ponto de atenção é que nós realmente precisamos analisar os fundamentos. Porque veja: se caso ocorrer realmente uma redução forçada no preço dos combustíveis, isso pode significar que a Petrobras pode entrar, mais uma vez, com uma política forte de controle de preços, a mesma política que deteriorou e muito o fiscal da empresa no passado. Então, temos que ter um certo cuidado aqui, porque a situação da empresa pode se complicar.

Redes Sociais:
BLOG – http://oprimorico.com.br
YOUTUBE (inscrever-se) – http://bit.ly/1S6WMoM
FACEBOOK (curtir página) – https://www.facebook.com/oprimorico
TWITTER: https://twitter.com/thiagonigro
INSTAGRAM: https://www.instagram.com/thiago.nigro/
PODCAST: https://soundcloud.com/thiagonigro